sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Projectos de génio: Pista de bicicletas até ao aeroporto...

A ANA Aeroportos gastou há um ano 767 mil euros na construção de uma pista ciclável entre o Vale de Chelas e o Parque das Nações, de acordo com o portal dos contratos públicos. Esta é uma das despesas mais elevadas desta empresa em contratos por ajuste directo. Questionada pelo PÚBLICO, a empresa que gere os aeroportos nacionais especificou que se trata de uma ciclovia entre o aeroporto e o Parque das Nações, com aproximadamente 3,5 quilómetros que deriva de um protocolo assinado com a Câmara de Lisboa para reduzir o uso do transporte individual. A ciclovia integra a rede lisboeta de pistas cicláveis no corredor entre Monsanto, Telheiras e a zona oriental da cidade, num total de 12 quilómetros.

A ANA justifica um investimento tão avultado - são 229 mil euros por cada quilómetro - com o seu "interesse na implementação de medidas que permitam conferir maior eficiência à mobilidade no acesso às suas instalações, nomeadamente na existência de condições de acesso dedicado a peões e bicicletas ao Aeroporto de Lisboa". Questionada sobre o ajuste directo, a empresa afirma que se tratou de "uma adjudicação na sequência de uma consulta de cinco empresas especializadas em pavimentações, de modo a dar continuidade ao percurso da pista ciclável sem interrupções na sua extensão".


Já à algum tempo que me apetecia escrever algo sobre esta notícia, que é mais um absurdo, entre os vários investimentos completamente ridículos que se fazem no nosso país, precisamente num período de crise como este que atravessamos no momento.

Uma pista para bicicletas até ao aeroporto?!!!
Mas para que serve isto, Aninha?
"229 mil euros por cada quilómetro"?
Quem foi o mamão que meteu mais uns trocos ao bolso, desta vez?

Os artistas que temos cá no nosso país não param de surpreender...

Já estou a imaginar as pessoas a irem receber os seus familiares no aeroporto de bicicleta e a trazerem as malas de viagem num atrelado...
É de génio.

Depois aparece o sr. Engenheiro e as suas troops a pedirem aos portugueses para fazerem um sacrifício, para ajudar o país (subentenda-se o chico-espertismo de meia-dúzia de artistas)...

Crise? Qual crise?

Será gozo?

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