sábado, 30 de abril de 2011

Política...

A política é um assunto que normalmente não capta o interesse dos portugueses.
A maior parte das pessoas não quer saber.
Dos mais jovens aos adultos, a política é um tema tabu.

Normalmente diz-se que:
"Os políticos só querem tacho.";
" Votar? Para quê? Os políticos são todos iguais... Prometem e depois de estarem no poleiro não fazem nada.";

O povo não está errado.
Estas afirmações têm o seu fundo de verdade.

O problema é que, faz falta que as pessoas falem sobre política.
Falarem sobre os problemas do nosso país.
Discutirem ideias e alternativas.
Quanto a mim isto é uma lacuna grave da sociedade portuguesa, que está muito acomodada.
Os portugueses devem envolver-se mais na política.

Como ninguém quer saber, deixamos aquela minoria que se envolve na política, encarregue de tomar as decisões que mais lhes convém.
E as coisas chegaram ao estado actual...

Quanto a mim deve-se a uma questão cultural.
Os portugueses têm receio, ou talvez até vergonha de darem a sua opinião. Ou porque pode ser mal vista na sociedade, porque é diferente da do vizinho, ou do amigo...

Então é preferível não se argumentar, pois assim ninguém se chateia.
Essa é quanto a mim uma das explicações para o facto de existirem apenas dois partidos que consigam estar no poder.
Essa, a influência da comunicação social e a ignorância.
Aliás, o Portas à uns dias atrás dizia que em conversa com uma senhora, esta lhe dizia que ia votar PS. E este perguntou-lhe porquê. Ao que esta lhe respondeu: "Não sei, eu sempre votei PS..."
Ora aí está um grande problema.
Assim como eu sou adepto do grande VSC, esta senhora vota PS.
Para ela, é a mesma coisa.
A tal ignorância de que falava à pouco está entranhada no seio da população e a atitude desta senhora é muito comum na nossa sociedade. Todos nós conhecemos várias pessoas que têm a mesma atitude.

Estas mentalidades só podem ser mudadas, com o envolvimento de todos.
Conversando, debatendo-se ideias, falando sobre os problemas.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Grandes Frases #30


"Aqueles que nos puseram na crise não têm condições para nos tirar."

(Passos Coelho, referindo-se indirectamente ao partido socialista.
Mas o seu partido também tem muita culpa. Foi o bando de oportunistas e incompetentes que nas últimas décadas fizeram parte destes dois partidos (PS e PSD) que colocaram Portugal no patamar que ocupa hoje: Um dos países mais pobres da Europa!)

segunda-feira, 25 de abril de 2011

25 do 4...

Hoje celebra-se o dia 25 de Abril que ficou marcado pela revolução dos cravos em 1974 e representa acima de tudo o direito à liberdade que foi conquistado pelo povo português, após décadas de opressão do governo de Salazar.
Este é o aspecto positivo deste dia. Todos os povos devem ter direito à liberdade e por si só este dia deverá ser para sempre lembrado e comemorado para que não nos esqueçamos nunca do quanto isso é importante.

O aspecto negativo, é que este dia marca também o fim do império português.
Devido à sede de poder de alguns e para que estes ficassem bem na vida, entregaram-se cerca de 500 anos de história.

Foi o pior processo de descolonização a que o mundo assistiu.
Os portugueses que viviam fora da então chamada metrópole, foram tratados como lixo.

Ainda hoje existe território francês nas Américas, por exemplo.
Já os portugueses desvincularam-se de todas as suas províncias além mar (com excepção dos arquipélagos da Madeira e dos Açores) mesmo sabendo-se de antemão que a população local queria continuar a fazer parte da nação portuguesa.
Um exemplo disso mesmo, é Cabo Verde.
Outro exemplo disso é Timor, que foi abandonado pelos portugueses e três dias depois invadido pela Indonésia, conduzindo o povo de Timor, até então povo português, a ser massacrado durante décadas pelos indonésios.
Sabiam que São Tomé e Príncipe foi descoberto pelos portugueses e era completamente desabitado? ...Também nunca percebi o porquê de termos entregue isso.

Luanda, a actual capital e maior cidade angolana, foi erguida pelos portugueses. Na época era já, tão ou mais desenvolvida do que Lisboa.
Após o 25 de Abril de 1974, Luanda foi destruída pela guerra civil.
Pessoalmente, gostaria de ser ressarcido por isso.
O problema não foi a administração portuguesa e a vida que Luanda tinha naquela altura é prova disso mesmo. O problema foi a ganância pelo poder que muitos demonstravam e perdura até aos dias de hoje.

Os marginais que atentavam contra o estado português na altura, eram apoiados pelos nossos amiguinhos americanos e soviéticos. Mesmo assim, a guerra colonial estava praticamente ganha em todas as frentes, com excepção da Guiné.

Não digo que a descolonização não tivesse de ser feita, mas teria obrigatoriamente de ter sido feita de outra forma. De uma forma progressiva...

Tudo foi feito de uma forma bastante precipitada.

Hoje em dia são muitas as vozes que dizem apenas mal do Salazar, sem lhe reconhecer os seus méritos. Embora a maior parte nem sequer sabe do que está a falar...
É verdade e evidente que ele fez coisas negativas tal como o não tolerar liberdade ao nosso povo, ou do incentivo ao analfabetismo, coisas das quais discordo profundamente.

Mas fez também muita coisa positiva.
Contrariamente à classe política que lhe seguiu, composta por oportunistas, interesseiros e corruptos, Salazar mostrou sempre uma grande seriedade e colocou os interesses da nação acima de tudo.
Livrou Portugal da Segunda grande guerra.
Não morreu rico.
Encontrou um país à deriva e deixou um estado rico.
Portugal era então, um dos países no mundo com maiores reservas de ouro.
O seu período, foi o único período da história da república portuguesa em que as contas se mantiveram equilibradas.
Isto são factos.

Os que lhe seguiram herdaram um estado rico.
Receberam fundos consideráveis da "união".
Mas mesmo assim, em apenas pouco mais de três décadas, mesmo com um povo mais instruído, conseguiram tornar Portugal num dos países mais pobres da Europa.
Isto também são factos.

Onde foram parar, a riqueza herdada do estado novo e os fundos abastados fornecidos pela "união"?
Pois, ninguém sabe ao certo...

É por isso que, pessoalmente, considero que todos aqueles que estiveram envolvidos na descolonização portuguesa, e fizeram parte dos governos que lhes seguiram, considero serem os piores portugueses de sempre!

Há muitas coisas que enquanto português e orgulhoso do passado da minha nação, sinto uma grande revolta.
Foi um desabafo.
Quem não gostou, tenho pena.

domingo, 24 de abril de 2011

42 médicos colombianos...

Como se sabe, Portugal integrou no seu sistema de saúde cerca de 42 médicos Colombianos, que deverão preencher vagas essencialmente no sul do país.
O objectivo será colmatar sobretudo as áreas com maior carência de médicos de família.

O contrato com os clínicos tem a duração de três anos. "É o período que nós estimamos que seja de maior dificuldade", disse, lembrando as medidas tomadas para colmatar a falta de médicos, como o aumento do número de vagas de Medicina de 1.100 para 1.700 ou a criação de novos cursos no Algarve e Aveiro. Recordou ainda que triplicou o número de clínicos que está a fazer a especialização em Medicina Familiar.

Manuel Pizarro avançou que, nas próximas semanas, o programa de recrutamento de médicos no estrangeiro prosseguirá de modo a cumprir o objetivo de "facilitar o acesso das pessoas a cuidados de saúde nos centros de saúde".
in expresso

Já diz o povo com a sua sabedoria popular: Casa arrombada, trancas à porta.
Neste caso, o ditado popular acima referido aplica-se que nem uma luva.
Valha-nos ao menos que estão finalmente a serem tomadas algumas medidas para rectificarem alguma coisa.

Este problema da falta de médicos já se anda a arrastar à muito tempo e resolveram a situação contratando médicos colombianos.
É mais uma consequência das péssimas decisões dos sucessivos governos falhados a que os portugueses tiveram direito.
Depois de terem tido, à bastante tempo, a oportunidade de baixarem as notas da entrada em medicina (bastaria um insignificante meio valor) e criado infra-estruturas para os nossos estudantes, deixaram as coisas chegar a um estado tal em que são obrigados a recorrer a pessoal de fora e de qualidade duvidosa.

Políticos de qualidade rasca e seriedade duvidosa fazem de Portugal um país medíocre desde à décadas.
É tempo de dizer basta!
Vamos seguir um caminho diferente!

sábado, 23 de abril de 2011

Ainda a ajuda (ou não) da Finlândia...

Como já aqui referi, compreendo a posição da Finlândia e de outros países em relação ao facto de muitos dos seus cidadãos estarem contra a ajuda a Portugal.

Os sucessivos governos falhados das últimas décadas já mostraram incompetência que baste, para fazer passar uma imagem suficientemente má e pouco credível do nosso país.

Estes cidadãos estão no seu pleno direito.
Até porque o dinheiro que emprestarem a Portugal nunca mais o voltarão a ver.

Digo isto porque acredito que na união europeia, os países mais fortes serão cada vez mais fortes e os países menos poderosos, serão cada vez mais fracos e dependentes dos mais ricos.
O tempo está a dar razão a todos aqueles que defendem e acreditam nessa teoria, com Portugal e Alemanha a serem dois óptimos exemplos disso mesmo.
Portugal não tem voz na "união". Faz-se sempre aquilo que serve os interesses da França e Alemanha principalmente.

Na minha opinião, deveríamos explorar sim as nossas relações históricas com os Palop, Brasil, Timor... E fazer negócios com esses nossos povos irmãos.
Afinal de contas fomos uma só nação durante 500 (!!!) anos. A história nunca deve ser esquecida!
Explorar também outros mercados onde a voz de Portugal seja ouvida e respeitada e deixar de andar a reboque dos interesses dos outros.
Porque o que é português tem qualidade e são muitos os exemplos disso...

Em todo o caso, estamos na "União" Europeia. Portugal é efectivamente um país membro da "união".
Da mesma "união" que nos incentivou a não produzir, em que os produtores muitas vezes são obrigados a produzir menos porque vai contra as normas da "união".
Da mesma "união" que está sempre pronta discutir os seus proveitos, mas quando chega à altura de falar de problemas e dificuldades, nomeadamente dos já apelidados de "países periféricos", começa a surgir a discórdia e a desunião.

Surgiu recentemente em países nórdicos, relativamente à ajuda a Portugal, onde principalmente a Finlândia se tem demonstrado muito incomodada com isso.
Esquecendo-se da história... Que dá muitas voltas!

E Portugal é um país muito antigo (o mais antigo da velha Europa) com muita história e os finlandeses têm a memória curta...

Quem esteve muito bem ao demonstrar-lhes isso mesmo, foi um jornalista português:

Hélder Fernandes é jornalista e correspondente da TSF nos países nórdicos e «deu uma lição» de história a muitos.

O mundo tem destas coisas e a vida dá muitas voltas. Há 70 anos Portugal ajudou a Finlândia «com víveres e agasalhos», o país vivia dias difíceis durante a «Guerra do Inverno com a Rússia». E foi essa «ironia do destino traçada pela História» que levou o jornalista português, Hélder Fernandes a escrever uma carta ao povo.

Português escreve aos finlandeses: «Já vos ajudámos»

quinta-feira, 21 de abril de 2011

terça-feira, 19 de abril de 2011

O Facebook da política portuguesa...

(clique para aumentar)
(clique para aumentar)
(clique para aumentar)
(clique para aumentar)

Sócrates à venda em leiloes.net...

Para quem estiver interessado: clique aqui

De realçar, a seguinte característica do cavalheiro:

"
Boa rede de contactos com políticos de vários países e extraordinária rede de contactos de amigos em Portugal. Muitos amigos. Aliás, amigos assim não se encontram em muitos países."

Ainda sobre os debates...

Pensava que mais ninguém comentava esta palhaçada onde a comunicação social de uma forma consciente ou não, acaba por manipular a opinião pública...

Entre quem não se revê nesta situação está Garcia Pereira, que apelida e bem, de “patifaria inqualificável”:

O Movimento Partido da Terra (MPT) apresentou queixa à Comissão Nacional de Eleições contra a RTP, SIC e TVI por excluírem dos debates televisivos para as eleições legislativas os partidos sem assento parlamentar.

(...)

Os protestos do MPT, juntam-se ao do PCTP-MRPP. Garcia Pereira afirmou na segunda-feira ao PÚBLICO ausência do seu partido e dos outros dos debates televisivos são uma “patifaria inqualificável” de que “todos os democratas e patriotas se devem demarcar”

in Publico.pt

Também os liberais e os nacionalistas se demarcam desta fantochada: Ver aqui e aqui.