quarta-feira, 19 de setembro de 2007

ROUBAR OU SER ROUBADO?





É preferível roubar, não?

É uma pertinente questão com que as seguradoras se deparam frequentemente...!
São acusadas pelo povo de aumentarem regularmente os prémios e diminuirem os riscos cobertos e fogem com o rabo à seringa quando é hora de avançarem com o precioso dinheiro. Acaba por tudo isto ser verdade, pois as seguradoras têm mesmo que se defender de tantos gatunos armados em reguilas; da mesma forma os segurados devem defender-se das letras microscópicas que estão nas apólices e das mil e quarenta e três desculpas que conseguem desencantar para não pagarem o que devem.
De facto a situação das seguradoras é equiparada à do governo; para que possam haver dinheiros é necessário que as pessoas contribuam e não se armem em xicos-espertos como adiante vou referir.
Destruí a frente do meu automóvel quando atropelei um cão! De quem é a responsabilidade? Minha? Do cão? Do proprietário do cão? Por acaso este cão tinha proprietário (o que não é muito comum em caso de prejuizos) que acabou por assumir o prejuízo causado pelo animal...! Como?
...Muito simples. No dia seguinte ao acidente (o cão acabou por morrer) o proprietário dirigiu-se a uma agência de seguros e fez o seguro do cão sem qualquer dificuldade. Ingredientes necessários para este tipo de roubo:
-um indivíduo sem escrúpulos, cobardola
-um agente de seguros corrupto
-pessoas com receio de denunciar a situação, assim como eu.(As denúncias só são válidas quando o autor das mesmas é devidamente identificado)
e depois não há problema, por acaso essa reparação custou aproximadamente 600 euros à seguradora. E quanto contribuiu o cobarde? Com duas dúzias de euros no momento da realização do seguro, que irá cancelar no ano seguinte em virtude de o cão já estar morto. Talvez pagasse um café ou mais ao banana que põe os cornos à seguradora, que dá pelo nome de mediador de seguros. Quem paga a restante quantia? Todos os segurados ou tomadores de seguro, que penso ser a mesma treta.
Uma parte de nós paga as contas e acaba por ter um comportamento como uma espécie de cidadão. A outra parte só sabe chular, roubar, não passam de parasitas sociais.
Já viram alguém partir propositadamente o vidro de um automóvel? Eu já vi... quem pagou? O seguro... para que serve o seguro de vidros? Pois preciso de tirar o pára-brisas do automóvel, pode muito bem quebrar e então resolve-se já. Quebra-se, o espécie de perito passa por aqui e siga la rusga.
Seguros de electrodomésticos, sim senhor. Quando avariam as pessoas não pretendem reparações, o ideal é substituir os mesmos de vez em quando pois o seguro é para isso. Os honestos vão pagando e raramente necessitam de usufruir do seguro.
Então a tv tem reparação? Sim. Mas eu não quero, preferia uma nova, o seguro paga... o próprio agente disse para aproveitar e o fulano, o sicrano e também o baltrano assinam as declarações em como os electrodomésticos não têm conserto, mesmo sendo simples reparações. Se o senhor não fizer isso, terei que me deslocar até esses.

Enquanto essa for a forma de pensar da maioria das pessoas e tanta escumalha social envolvida nesssas habilidades de escrita, o nosso país não avança, o que me consegue entristecer bastante. Sou uma espécie de patriota, que não sirvo de exemplo para ninguém, e também só roubo o que posso...! Mas não havia necessidade...

Parem de roubar! Sejam gente! Já precisei de seguro e inventaram cenas para não pagar,assim como garantias de telemóveis e fiquei a chupar no dedo. Se as pessoas usassem as merdas convenientemente o mundo era bem diferente.

É melhor não roubar! Fulano rouba? Não justifica o meu roubo... eu sou diferente de fulano.
Mudem-se os pensamentos, não sejamos gatunos.


Até breve...
Não escrevo mais, pois daria para não parar, mas a tinta tá a acabar, vou ver se tenho seguro.
Desculpem esta espécie de diarreia mental, ou não, ou não...



FIM

2 comentários:

Mr.Karvalhovsky disse...

É a chamada lei da selva! ...De facto vivemos num país onde todos tentam "mitrar" tudo e todos. Não é de agora, já vem de à muito tempo atrás e não vejo meios pra mudar, que a acontecer não será de um dia pró outro, pois são mentalidades que estão entranhadas de geração em geração...
Numa sociedade assim é caso pra se dizer: Ou mata, ou mata!

Anónimo disse...

Pah eu roubei as cuecas a minha vizinha mas ela tinha seguro, por isso foi remonerada e eu fikei feliz :P:P

Ass: Kokasmen, O Pensador